Todos nós já ouvimos falar em marketplaces. Vejamos alguns exemplos de relevo em Portugal: O Kuanto Kusta, com a sua notoriedade de comparador de preços; a Fnac e a Worten a operar como marketplaces parciais (efectuam serviços de venda directa, em que mantêm o produto em sua posse e fazem a sua logística, ao mesmo tempo que funcionam com parceiros); e, recentemente, o dott, que surge de uma parceria entre a Sonae e os CTT.
Mas o que é afinal um marketplace? O marketplace não é mais do que um shopping virtual, uma tendência digital, mediado por uma empresa, onde os consumidores podem encontrar uma grande oferta de produtos de várias lojas num só local. Para os retalhistas que querem ver a sua marca num expositor online, beneficiando da visibilidade da marca que o está a promover, o marketplace parece ser o aliado perfeito. Esta é a grande vantagem de um marketplace, a possibilidade de aumentar as vendas, a custo muito reduzido, fazendo uso da credibilidade da marca que gere o marketplace. Mas será realmente compensatório?
Alguns aspetos importantes, inerentes a todo o processo de logística dos marketplaces, não são mencionados de início e quando menos se espera, uma venda que poderia resultar em sucesso para o retalhista, torna-se uma verdadeira dor de cabeça porque a empresa que dá a cara no marketplace não se vai responsabilizar por algo ter corrido mal. Com isto, refiro-me a tentativas de entregas falhadas ou extravio de encomendas, produtos danificados durante a expedição, engano na expedição, controlo do stock, insatisfação, assistência técnica, entre outros.