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Portuense Insania transfere coração logístico para Lisboa

A empresa de vendas online de José Veiga, que emprega 31 pessoas e vendeu 1,8 milhões de euros em 2018, está à procura de um novo armazém na capital portuguesa, para onde envia cerca de dois terços das encomendas.
30 Aug 2024

Três anos depois de criar um espaço de trabalho no Parque das Nações, que no ano seguinte reconverteu em loja e ao qual acrescentou um pequeno armazém de 250 metros quadrados naquela zona da cidade, o Insania vai avançar em 2020 com um investimento para tornar Lisboa no "principal polo logístico" da empresa de vendas online.

O CEO do site de comércio eletrónico ("e-commerce") adiantou ao Negócios que está à procura de armazéns de três a cinco mil metros quadrados na zona de Sacavém, com o objetivo de, em termos operacionais, "aproximar o polo de Lisboa ao do Porto", onde tem a sede e um armazém de mil metros quadrados na Rua de Camões.

É que, detalhou José Veiga, cerca de dois terços dos envios diários, num total de cerca de 400 encomendas, são feitos sobretudo a partir da Invicta – onde tem 80% a 90% da mercadoria – para clientes localizados a sul da região de Leiria, em particular para a Área Metropolitana de Lisboa, pretendendo ter ali "capacidade de resposta, como [tem] no Porto, para fazer expedição no mesmo dia".

Criado em novembro de 2010 por este licenciado na área informática pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o Insania disponibiliza atualmente mais de 2.500 artigos únicos. De acordo com o fundador, que "já na altura era um grande adepto das tecnologias", o portal registou perto de 280 mil visitas únicas no último mês, o que correspondeu a quase um milhão de visualizações. A 1 de julho ficou online a versão espanhola do site.

"Começou por ser uma plataforma de e-commerce de gadgets, mas fomos diversificando o portefólio de produtos, sem nunca entrar no ‘mainstream’. Tentamos procurar uma lacuna no mercado em que haja alguma oferta internacional e muita procura no nosso país. E temos tudo em stock, não acreditamos [na fórmula] dos ‘marketplaces’", resumiu o empresário portuense, 37 anos, que é também sócio da "fintech" EuPago, especializada em soluções de pagamento.

 

"Tentamos procurar uma lacuna no mercado em que haja alguma oferta internacional e muita procura no nosso país. E temos tudo em stock." JOSÉ VEIGA, CEO DO INSANIA

 

Os gadgets tecnológicos e os produtos para o ar livre e de "fitness" são os mais populares no Insania, que emprega 31 pessoas e atingiu uma faturação de 1,8 milhões de euros em 2018. Aproveitando a "falta de representação [direta] da Amazon em Portugal" e as novas categorias lançadas, como puericultura ou vestuário, num total de 500 novos artigos, José Veiga estima chegar ao final deste ano com vendas de 2,5 milhões de euros.